terça-feira, 16 de abril de 2024

PROGRAMAÇÃO GERAL DA XI JURA DA FFP - 2024

      

       O GeoAgrária apresenta a Programação Geral da XI Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) que será realizada na Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo (FFP-UERJ) nos dias 7, 8, e de maio de 2024. O tema da JURA esse ano será "A Luta pela Terra no Rio de Janeiro e os 40 anos do MST".
     No primeiro dia, o evento contará com um mutirão que será realizado no Sistema Agroflorestal (SAF) da FFP e uma Mesa de Abertura. No segundo dia do evento, haverá duas Mesas Redondas (uma pela manhã e uma à noite), duas Rodas de Conversa (à tarde) e a Feira Agroecológica da FFP, que ocorrerá de manhã e à tarde. No último dia do evento, haverá um Trabalho de Campo para visitar a Fazenda Pública Joaquin Piñero e o Projeto "Sim, eu posso", em Maricá.
        Para fazer sua feira no segundo dia do evento, lembre-se de trazer sua sacola ecológica.
       Em breve, será divulgada a programação completa com os integrantes das mesas e das rodas de conversas, o link de inscrição e mais informações a respeito do evento.
       Venha participar dessa jornada conosco por uma Reforma Agrária Popular como Projeto para o Brasil e celebrar os 40 anos do MST!

terça-feira, 2 de abril de 2024

XI JORNADA UNIVERSITÁRIA EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA (JURA) DA FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE SÃO GONÇALO (FFP-UERJ)


Vem aí a XI Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo (FFP/UERJ).

Com o tema "A luta pela terra no Rio de Janeiro e os 40 anos do MST", a 11ª JURA da FFP ocorrerá nos dias 7, 8 e 9 de maio de 2024. Então salve essas datas na sua agenda e em breve postaremos mais informações.

Fiquem de olho no nosso blog e no nosso instagram!

quarta-feira, 6 de março de 2024

Carta do Encontro Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas sobre o PRONERA ao Presidente Lula

 Divulgação da carta do ENECAF ao Presidente Lula.

CARTA DO ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS (ENECAF) SOBRE O PRONERA

Ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
Ao Ministro do MDA, Paulo Teixeira
Ao Presidente do Incra, César Aldrighi

Nós, sujeitos e sujeitas do campo, das águas e das florestas engajadas e engajados nos processos formativos que envolvem os 25 anos da Educação do Campo, presentes e participantes do Encontro Nacional da Educação do Campo, das Águas e das Florestas, vimos por meio desta tratar da situação atual do Pronera e solicitar medidas emergenciais para retomada do Pronera. De modo, que siga exercendo seus objetivos e atendendo os anseios da população beneficiária, propiciando que milhares de jovens e adultos das áreas de Reforma Agrária possam ter seu processo de escolarização em todos os níveis - da Educação Infantil ao doutorado - e a elevação do nível educacional combinado ao desenvolvimento social, cultural e tecnológico das áreas de Reforma Agrária.

Segue a carta abaixo.

Um afetuoso e forte abraço!

Vida longa ao PRONERA!

                                Clique aqui para baixar a carta em arquivo pdf.

             

               

            


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Abertura de inscrições para o processo seletivo para bolsista do GeoAgrária


        Estão abertas as inscrições para participar do processo seletivo para bolsista do GeoAgrária (Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Geografia Agrária da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo - FFP/ UERJ). As inscrições ficarão abertas até o dia 01/03/2024. O pré-requisito para concorrer à bolsa é ser aluno da graduação da FFP-UERJ.

As bolsas disponíveis são para os seguines projetos do GeoAgrária:

       O processo seletivo consiste de uma entrevista que será realizada entre os dias 05/03 a 08/03/2024, na parte da tarde.


        Para se inscrever no processo seletivo, preencha o formulário disponível no seguinte link: 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Processo seletivo para bolsista do GeoAgrária

             

            Do dia 27/02 a 01/03/2024 estarão abertas as inscrições para participação do processo seletivo para bolsista do GeoAgrária (Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Geografia Agrária).
Para participar do processo seletivo é preciso ser aluno da graduação da FFP-UERJ (Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo - UERJ).
            Além disso, é necessário preencher o formulário de inscrição cujo link será disponibilizado no blog do GeoAgrária e na bio do Instagram durante o período de inscrições.
O processo seletivo consistirá de entrevista que será realizada entre os dias 05/03 e 08/03/2024 na parte da tarde.
              As bolsas disponíveis são destinadas aos seguintes projetos do GeoAgrária:

* Atlas dos Conflitos Fundiários Rurais do Estado do Rio de Janeiro (Mais informações em: https://geoagrariaffpuerj.blogspot.com/p/atlas.html

* Educação do Campo (Mais informações em: https://geoagrariaffpuerj.blogspot.com/p/educacao-no-campo.html) para mais informações sobre os projetos, acesse o nosso blog, com link também disponível na nossa bio.

Para esclarecer dúvidas ou solicitar mais informações, envie e-mail para o geoagraria.ffp@gmail.com .


quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Nota de pesar pelo falecimento do importante professor e geógrafo brasileiro Carlos Walter Porto-Gonçalves





A Geografia brasileira perdeu hoje um de seus grandes nomes.Carlos Walter Porto-Gonçalves foi uma referência para tod@s @s geógraf@s brasileir@s das últimas gerações, desde a virada crítica da Geografia no final dos anos 1970, do qual foi ativo participante. Seu texto "A geografia está em crise. Viva a geografia!" de 1978 foi um dos marcos desta virada.


Na AGB, também teve papel de destaque na reconstrução democrática da entidade, tendo integrado a Diretoria provisória que assumiu em 1979 após a reforma dos estatutos. Era à época associado à AGB-Rio e o foi por muitos anos, antes de se filiar à AGB-Niterói, quando se tornou professor da UFF e se mudou para Niterói.
Ainda como associado à AGB-Rio foi vice-presidente da AGB no biênio 1986-1988 e já na condição de associado à AGB-Niterói, foi presidente da AGB no período 1998-2000.


Carlos era uma mente brilhante e inquieta. Tinha um humor refinado e era um grande frasista e criador de expressões hoje consagradas na Geografia, como geo-grafar, (des)envolvimento e r-existências.
Seu vínculo com as lutas sociais e ambientais era combustível permanente para a criação intelectual. Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, percorreu, pesquisou e ajudou a pensar sobre esses diferentes ambientes e sobre os povos que dão vida a eles.


Nos anos 1980/1990 esteve ao lado dos Seringueiros, nas lutas capitaneadas por Chico Mendes e ajudou a construir a Articulação dos Povos da Floresta. Também foi figura de referência para a Articulação dos Povos do Cerrado e era um entusiasta das lutas de geraizeiros, vazanteiros, comunidades de fundo e fecho de pasto e tantos outros povos que por esse Brasil afora conviviam com os ambientes mais diversos, produzindo as territorialidades mais diversas.


Nos anos 2000 tornou-se referência também para a Geografia da América Latina e seu livro "A globalização da natureza e a natureza da globalização" recebeu o prêmio Casa das Américas de Cuba.
Autor de inúmeros livros e artigos clássicos da Geografia, professor de gerações, militante das causas sociais e ambientais, Carlos nos deixa um imenso legado.
A AGB-Rio se orgulha de ter sido parte da sua vida e de ter realizado junto com ele muitas atividades.


Viva Carlos Walter!
Carlos Walter presente, hoje e sempre!


[Repostagem do texto publicado pela AGB-Rio em 07/09/2023]


Fonte: https://agb-rio.webnode.com.br/news/encantou-se-carlos-walter-porto-goncalves/

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Publicada portaria que cria o Assentamento Cícero Guedes, em Campos dos Goytacazes - RJ



Depois de uma luta de mais de duas décadas, finalmente foi publicada em diário oficial  a portaria número 149, de 16 de agosto de 2023, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que determina a criação do Projeto de Assentamento denominado Cícero Guedes, localizado no município de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro. De acordo com a portaria, 185 unidades familiares deverão ser assentadas. 

A portaria destina à Reforma Agrária o imóvel rural denominado conjunto Cambahyba (Cambahyba, Nossa Senhora das Dores, Flora, Fazendinha e Saquarema) que possui 1.319,8148 hectares e é um conjunto de terras que pertencia ao antigo Complexo de Usinas Cambahyba. 

O Complexo de Usinas Cambahyba foi desativado em 1993, após ir à falência. Constatada a improdutividade, foi publicado o decreto de desapropriação das terras em 30 de novembro de 1998. Em 17 de abril de 2000, o MST realizou a primeira ocupação das terras do complexo e conquistou o acampamento Oziel Alves, na fazenda Nossa Senhora das Dores. No entanto, os proprietários do complexo de Usinas entraram com vários pedidos de reintegração de posse e em 2006, através de um mandado judicial, foi realizada uma ação de despejo que expulsou em torno de 470 famílias que viviam no acampamento, destruíram casas, plantações e apreenderam maquinários. Apesar de existir um pedido de nova vistoria pela justiça federal ainda em 1998, o processo de desapropriação das terras ficou suspenso até 7 de agosto de 2012, após uma escandalosa revelação sobre o complexo de Usinas. 

De acordo com o Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, nos fornos da Usina Cambahyba foram incinerados os corpos de 12 presos políticos executados durante a Ditatura Empresarial-Militar, tornando-a um local emblemático de grave violação dos direitos humanos. Além disso, a Usina acumulou dívidas trabalhistas e previdenciárias milionárias com a União, tinha processos por explorar trabalho infantil, trabalho análogo à escravidão e por degradar o meio ambiente. 

Em 2 de novembro de 2012, o MST realizou nova ocupação nas terras do Cambahyba. Cerca de 200 famílias levantaram o acampamento denominado Luiz Maranhão, em homenagem a uma das vítimas cujo corpo foi incinerado na Usina, mas apenas dois meses depois, no dia 25 de janeiro de 2013, Cícero Guedes dos Santos, líder do MST e coordenador do acampamento, foi assassinado nas proximidades da Usina. 

O assentamento leva o nome de Cícero Guedes, militante do MST, que se libertou do trabalho análogo à escravidão na infância em Alagoas, migrou para Campos dos Goytacazes, trabalhou como cortador de cana e lutou ativamente pela democratização da terra e por justiça social em Campos dos Goytacazes, pois mesmo após ter conquistado sua terra, ao ser contemplado com um lote no Assentamento Zumbi dos Palmares, permaneceu na luta pela reforma agrária na região. Assim, essa portaria é uma conquista que resultou de uma luta de muitos anos e de muitas pessoas. 

Para saber mais, assista ao documentário "Forró em Cambaíba", que relata parte da saga das famílias na luta pelas terras da Usina, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=LtBJrlFhtiU .

Viva o Assentamento Cícero Guedes! Viva o MST! Viva a Reforma Agrária Popular!